quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O fim da Inocência - Francisco Salgueiro

 
 
Sinopse:  Aos olhos do mundo, Inês é a menina perfeita. Frequenta um dos melhores colégios nos arredores de Lisboa e relaciona-se com filhos de embaixadores e presidentes de grandes empresas. Por detrás das aparências, a realidade é outra, e bem distinta. Inês e os seus amigos são consumidores regulares de drogas, participam em arriscados jogos sexuais e utilizam desregradamente a internet, transformando as suas vidas numa espiral marcada pelo descontrolo físico e emocional.
Francisco Salgueiro dá voz à história real e chocante de uma adolescente portuguesa, contada na primeira pessoa. Um aviso para os pais estarem mais atentos ao que se passa nas suas casas.

Opinião: “O Fim da Inocência” é o novo livro de Francisco Salgueiro, mas é muito mais do que isso! É uma história contada na primeira pessoa da juventude portuguesa no século XXI.
Inês (nome fictício) conta-nos na primeira pessoa e numa linguagem crua e real todas as suas vivencias sexuais e as suas experiências com drogas e álcool. E a Inês, juntam-se vários outros jovens que ao longo das páginas deste livro nos fazem ver aquilo que todos nós sabemos que existe mas que por vezes ignoramos. Apesar deste livro servir de alerta para pais, professores e para os próprios jovens não deixa de ser uma romance extremamente viciante que devorei em apenas 7 horas de leitura compulsiva. Extremamente bem escrito, real e por vezes chocante (mesmo para as mentes mais abertas), “O Fim da Inocência” é sem dúvida um dos melhores lançamentos nacionais do ano de 2010 e aconselhável a todos os que gostam de uma história dos nossos tempos, carregada de emoção. Francisco Salgueiro está de parabéns por ter tido a coragem de escrever este livro!

Desaparecida - Katy Gardner



Sinopse

Tudo começou com uma brincadeira de crianças...
Quem é que nunca jogou às escondidas ? Quem nunca sentiu o entusiasmo de encontrar alguém no seu esconderijo perfeito?
Poppy está a brincar com a mãe, Mel. Poppy tem sete anos e a sua vida acabou de mudar radicalmente: tem um novo padrasto, um novo irmão, uma nova casa... A menina esconde-se e a mãe procura-a. Mas o tempo passa e ela não aparece. A polícia é chamada. À hora do desaparecimento, testemunhas viram um carro a afastar-se do local. Um carro familiar. Ao volante ia Si, o homem com quem Mel está casada há apenas um ano. Para a polícia é uma luta contra o tempo. Para Mel, cujo mundo foi virado do avesso, é uma questão de vida ou morte.

A minha opinião

Era a primeira vez, que lia uma obra literária desta escritora.

No entanto perante os seus últimos livros editados, dois grandes bestseller's, estava á espera que este tivesse a mesma qualidade que os anteriores.

Não me enganei, grande escolha fiz eu!

Esta narrativa torna-se mais intensa à medida que vamos avançando, mostrando mistério e um grande suspense.

O desaparecimento de Poppy e o eminente desfecho inesperado, torna-a estimulante e compulsiva.

É impossível parar de ler este livro!

A forma como as personagens ganham vida, parecendo que estamos a ver um filme, é inevitável controlar a ansiedade de chegar rápido ao seu fim.

Espectacular...

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Gratidão



O homem por detrás do balcão olhava para a rua de forma distraída. Uma menina aproximou-se da loja e encostou o narizinho contra o vidro da montra. Os olhos da cor do céu, brilhavam quando viu um determinado objecto. Entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesa azul.- É para minha irmã. Pode fazer um embrulho bonito? - disse ela. O dono da loja olhou desconfiado para a menina e perguntou-lhe: - Quanto de dinheiro é que tens? Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço e começou desfazer os nózinhos. Colocou-o sobre o balcão e feliz, disse: - Isto dá? Eram apenas algumas moedas que ela exibia orgulhosa. - Sabe, quero dar este presente à minha irmã mais velha. Desde que a nossa mãe morreu ela cuida de nós e não tem tempo para ela. É o aniversário dela e tenho certeza que vai ficar muito feliz com o colar que é da cor dos seus olhos. O homem foi para o interior da loja, colocou o colar num estojo, embrulhou-o com um vistoso papel vermelho e fez um enorme laço, lindo, com uma fita verde. - Toma! - disse à menina. Leva com cuidado. Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo. O dia ainda não tinha chegado ao fim quando uma linda jovem de cabelos loiros e olhos azuis entrou na loja. Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e indagou: - Este colar foi comprado aqui? - Sim senhora. - E quanto custou? - Ah!, disse o dono da loja, o preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente. A jovem continuou: - Mas a minha irmã tinha somente algumas moedas! O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagá-lo! O homem agarrou no estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu-o à jovem. - Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. - ELA DEU TUDO O QUE TINHA! O silêncio encheu a pequena loja e duas lágrimas rolaram pela face emocionada da jovem enquanto as suas mãos pegavam no pequeno embrulho.

A verdadeira entrega é darmo-nos por inteiro, sem restrições, e não esperar nada em troca.
A gratidão de quem ama não coloca limites para os gestos de ternura.
Sinta-se sempre grato, e não espere pelo reconhecimento de ninguém. A gratidão com amor não apenas aquece quem recebe, como reconforta quem oferece.

Acreditar



Intenção e Confiança

Um homem sentado no passeio tinha uma placa que dizia assim:
"Observem como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem-humorado."
Alguns transeuntes olhavam-no intrigados, outros achavam-no doido e outros até lhe davam dinheiro. Todos os dias, antes de dormir, ele contava o dinheiro e verificava que a cada dia a quantia era maior.
Numa bela manhã, um importante e arrojado executivo, que já o observava há algum tempo, aproximou-se e lhe disse:
- O senhor é muito criativo! Não gostaria de colaborar numa campanha da minha empresa?
- Porque não, só tenho a ganhar! - respondeu o mendigo.
Após um bom banho e com roupas novas, foi levado para a empresa.
Desde aí a sua vida foi uma sequência de sucessos até numa determinada altura se tornou um dos sócios maioritários.
Numa entrevista à imprensa, ele esclareceu como conseguira sair das ruas para tão alto cargo.
Contou ele:
- Bem, houve uma época em que eu costumava me sentar nos passeios com uma placa ao lado, que dizia:
"Sou um zero à esquerda! Ninguém me ajuda! Não tenho onde morar! Sou um fracasso como homem e maltratado pela vida! Não consigo um mísero emprego! Mal consigo sobreviver!"
As coisas iam de mal a pior quando, numa certa noite, achei um livro e nele atentei para um parte que dizia:
"Tudo o que falas a teu respeito vai-se reforçando. Por pior que esteja a tua vida, diz que tudo vai bem. Por mais que não gostes da tua aparência, afirma-te bonito. Por mais pobre que sejas, diz a ti mesmo e aos outros que és próspero."
- Aquilo tocou-me profundamente e, como nada tinha a perder, decidi trocar os dizeres da placa para:

"Observem como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem-humorado."

- E a partir desse dia tudo começou a mudar, a vida trouxe-me a pessoa certa para tudo que eu precisava, até que cheguei onde estou hoje. Tive apenas que entender o Poder das Palavras. O Universo vai apoiar tudo o que dissermos, escrevermos ou pensarmos a nosso respeito e isso vais acabar por se manifestar na nossa vida como realidade. Enquanto afirmarmos que tudo vai mal, que nossa aparência é horrível, que os nossos bens materiais são ínfimos, a tendência é que as coisas fiquem piores ainda, pois o Universo reforça-as. Ele materializa na nossa vida todas as nossas crenças.
Uma repórter, ironicamente, o questionou:
O senhor está a querer dizer que algumas palavras escritas numa simples placa modificaram a sua vida?
Respondeu o homem, cheio de bom humor:
- Claro que não, minha ingénua amiga! Primeiro eu tive que acreditar nelas!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Às Minhas Filhas - Elizabeth Noble


Este é definitivamente um livro marcante!
Tenho dúvidas que haja uma única pessoa com a capacidade de o ler do início ao fim sem deixar escapar uma lágrima, e, em outras passagens, uma valente gargalhada.
É uma história verdadeiramente comovente de uma mãe, que por amor às suas 4 filhas, prepara a sua própria morte e tudo o que com ela está relacionado, de modo a minimizar o sofrimento daqueles que mais ama.
Bárbara Forbes, a mãe, morre com um cancro mas deixa uma carta a cada uma das filhas, com alguns conselhos, dizendo algumas palavras mais encorajadoras, palavras confortantes para que se lembrem dela nos momentos de maior sufoco. Para além disso, deixa uma espécie de diário que começou a escrever quando soube que tinha cancro, onde registou momentos importantes da sua vida: o nascimento das filhas, o primeiro casamento, o segundo casamento, a doença, entre outras coisas. Revela também um segredo que vai pôr à prova a união das irmãs e o que elas pensam da mãe, já falecida.
Retrata ainda a história de 4 irmãs, totalmente diferentes, mas bastante unidas.
Cada uma tem os seus altos e baixos, cada uma tem os seus problemas, mas todas conseguem ter sucesso! É uma história de luta, de erros, de sorrisos, de lágrimas, de saudade, de coragem, e acima de tudo, é uma história de muito amor, que nos mostra que, se nos mantivermos unidos, tudo se ultrapassa, e que devemos sempre acreditar que as coisas podem melhorar, tarefa tão difícil nos dias de hoje!
Escrito de forma bastante simples, consegue prender-nos por completo. À excepção de um ou outro termo mais complicado (que pode dever-se à própria tradução do livro original), é, no geral, um livro bastante fácil de acompanhar.
Torna-se bastante fácil entrarmos na história, devido às personagens bem estruturadas.
Por muitos livros que leia, dificilmente encontrarei outro que me prenda da mesma forma que “Às minhas filhas” me prendeu.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

No Tempo em que Éramos Adultos



Depois de termos percorrido uma etapa considerável das nossas vidas, por vezes sentimos vontade de correr o filme atrás para analisarmos se, realmente, nos transformamos nas pessoas que idealizamos, ou se, bem vistas as coisas, somos apenas o produto dos erros que fomos acumulando.
Muitos são aqueles que tentam recuperar o seu tempo de juventude, as suas vivências, correndo normalmente o risco de sofrer as maiores desilusões. O tempo não perdoa, a sua erosão muito menos e, claro, as pessoas vão mudando como reflexo imediato das respectivas vivências. Ninguém pode estar à espera  que um ser seja igual toda a vida. Por exemplo, há coisas que em tempos adoramos e que agora não conseguimos entender que encanto é que, no passado, lhes encontrámos...
Estas inquietação e algumas outras tomaram conta da protagonista de “No tempo em que éramos adultos”, que nos escreve Anne Tyler. Ao fim de três décadas de ter tomado a grande decisão que foi  crucial para a sua vida, Rebecca interroga-se se, realmente, era tudo aquilo que mais desejava para si.
Ainda na universidade, largou o namorado que conhecia desde criança por causa de uma irresistível paixão por Joe, um viúvo com três filhas, com quem, pouco tempo depois de o ter conhecido, viria a casar e a ter uma filha. Com a morte prematura de Joe num acidente de viação, Rebecca fica com a obrigação de criar quatro raparigas e ainda de viver com um tio do marido, Poppy, que caminha a passos largos para o centenário, alternando os momentos de lucidez com outros menos racionais.
Rebecca decide viver mais para os outros do que para si, fecha-se para o mundo, preocupando-se somente com a vida das pessoas que tem sob a sua responsabilidade. Mas quando chega ao estatuto de avó, com pouco mais do que 50 anos, sente que ainda tem muito para viver e tenta refugiar-se no passado. Mas  já não será possível reescrever a história da sua vida.
Anne Tyler passa-nos todos os sentimentos contraditórios que tomam conta da protagonista de uma forma cristalina. A sua prosa sem artifícios convida-nos a uma leitura incessante: parámos quando não há mais para ler...

Levaram-me



Este é o relato na primeira pessoa da história de vida de António, um rapaz português que aos nove anos foi levado da Aldeia das Dez, em Oliveira do Hospital, por um homem que se fez passar por seu tio. E assim começou para António o pior dos infernos que uma criança pode ter de suportar – viu-se afastado da família e da vida que até então conhecera e inserido numa rede de pedofilia internacional onde foi abusado sexualmente. Inspirada em casos reais ocorridos no nosso país e pelo mundo, esta obra, pretende combater a ignorância a respeito desta realidade chocante ao revelar-nos os meandros de uma rede de pedofilia internacional e das próprias mentes dos predadores sexuais, e assume-se como um apelo à liberdade destas crianças que cedo se viram obrigadas a deixar de o ser.

Um livro de Paulo Pereira Cristóvão e Susana Ferrador

Abrir a Porta

"A pessoa que não arrisca nada, não faz nada, não tem nada, não é nada, e torna-se nada. Ela pode evitar sofrimento e desilusão, mas ela simplesmente não pode aprender, sentir e mudar, crescer e amar e viver." Leo F. Buscaglia



Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto.
Cada vez que fazia prisioneiros, não os matava, levava-os a uma sala, que tinha um grupo de arqueiros num canto e uma imensa porta de ferro do outro, na qual haviam cravadas figuras de caveiras.

Nesta sala ele fazia-os ficar em círculo, e então dizia:
- Vocês podem escolher morrer com as flechas dos meus arqueiros, ou passarem por aquela porta e por mim lá serem trancados.
Todos os que por ali passaram, escolhiam serem mortos pelos arqueiros.

Ao término da guerra, um soldado que por muito tempo servira o rei, disse-lhe:
Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?
- Diga, soldado.
- O que havia por trás da assustadora porta?
- Vá e veja.

O soldado então abre-a vagarosamente, e percebe que a medida que o faz, raios de sol vão entrando e clareando o ambiente, até que totalmente aberta, nota que a porta levava a um caminho que sairia rumo a liberdade.
O soldado admirado apenas olha seu rei que diz:
Eu dava a eles a escolha, mas preferiram morrer a arriscar abrir esta porta.

Arriscar

Há momentos na VIDA em que tens que arriscar, tens que abrir a porta que tens à tua frente sem saberes o que está do outro lado.

Esses momentos são parte da VIDA de um Líder de uma Empresa chamada: EU, S.A.

E esse Líder és TU... e essa empresa é a tua VIDA.

Quantas portas deixaste de abrir já pelo medo de arriscares?

Quantas vezes perdeste a liberdade, apenas por sentires medo de abrir a porta dos teus sonhos?

Fonte: Este texto foi-me enviado por email por uma amiga.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

"Aproveitem a Vida" de António Feio



Tenho um tumor gigante no pâncreas. Alguns dos tratamentos conseguiram reduzir um pouco o seu tamanho, mas não o suficiente para poder ser operado. Sei bem o que isso significa. Neste momento, e porque não há outra forma, vivo um dia de cada vez. Deixei de fazer planos para a frente. Não sei o que me espera no futuro, mas isso agora também não importa, o que interessa é o aqui e agora. Ao longo deste quase último ano e meio percebi que o meu estado de saúde deixou de ser um tema que me diz respeito apenas a mim, à minha família, aos meus amigos e àqueles de quem sou próximo. A minha doença deixou de ser apenas um problema que é meu, de alguma forma deixou de me pertencer. E isto sucedeu aos poucos, à medida que a onda de apoio e solidariedade à minha volta foi crescendo e ganhando forma. Assim nasceu a ideia deste livro.
A mensagem principal que quero deixar às pessoas é que se há um problema é preciso resolvê-lo da melhor maneira, há que não ficar quieto, há que tentar de tudo primeiro, nunca desistir. Se as pessoas começarem a parar por um momento para olhar para casos como o meu, ou, simplesmente, para a sua própria vida com olhos de ver, talvez comecem a relativizar os seus próprios problemas e possam perceber o que de facto vale a pena na vida. Talvez assim a consigam aproveitar melhor.


Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros!!
António Feio

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"Não contes cada hora do teu dia, faz com que cada hora conte!"




Imagina que tens uma conta corrente e, a cada manhã, acordas com um saldo de 86.400€.

Só que não te é permitido transferir o saldo para o dia seguinte. Todas as noites o teu saldo é colocado a zeros, mesmo que não tenhas conseguido gastá-lo durante o dia.

O que fazes? Vais gastar cada cêntimo, é claro!

Todos nós somos clientes deste banco que estamos a falar: o banco do TEMPO!

No começo de cada dia, cada um de nós recebe um crédito de 86.400 segundos. Todas as noites o saldo é debitado, como perda. Lembra-te: todos os dias é tudo novo, de novo. Pela manhã, a tua conta começa de novo, com crédito... À noite, as sobras do dia evaporam-se... Não há volta. Precisas consumir, VIVER no presente, o seu depósito diário.

 
 O Poder do AGORA

Investe o teu tempo AGORA no AGORA.


Hoje, pela sociedade, pela rapidez da informação e por estarmos mais tempo em reacção do que em acção, ao não estarmos atentos, passamos literalmente pela VIDA.
Já houve uma altura na nossa VIDA em que faziamos mais do que actualmente e que sentiamos mais realizados e com mais tempo!
Estranho… ou talvez não!

O tempo é uma emoção. Há momentos na nossa VIDA em que segundos parecem horas e existem momentos na nossa VIDA em que horas parecem segundos. Concordas?

Devemos investir o nosso tempo em coisas que trazem “sumo” para a nossa VIDA: nos que mais amamos, no conhecimento, no crescimento mental e espiritual, na saúde, na felicidade, no sucesso, no amor, no projecto que amamos.

Estas escolhas são a nossa “driving force”…
TU escolhes. O relógio está a correr... O tempo está no seu curso normal.
E o pêndulo do relógio não "vai-e-volta"; ele "vai-e-vai". Portanto, faz o melhor pelo teu dia-a-dia.

As perguntas poderosas para pensar e agir:

- onde posso investir ainda melhor o meu tempo?

- que pequena acção posso passar a fazer durante o meu dia que me realize ainda mais?

- de que forma esta pequena acção vai mudar ainda mais a qualidade da minha VIDA?
- e a qualidade da VIDA dos que me rodeiam e que me são importantes?

Queres mais Tempo...?

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Comer, Orar, Amar - Elizabeth Gilbert

                       

Iniciei com alguma relutância a leitura deste livro... Soava-me a mais um livro de auto-ajuda que, geralmente não consigo ler de forma linear e até ao fim... Aborreço-me mesmo com esse tipo de livros.
      Felizmente avancei e o que encontrei foi, afinal, um relato, em tom coloquial,  muito irreverente, divertido até, da viagem espiritual de uma mulher que, como tantos de nós,  necessitava, essencialmente, de se descobrir, de empreender uma viagem à sua própria alma em busca de libertação e equilíbrio.
      A escrita de Gilbert envolve-nos de tal forma que, por momentos, idealizamos a possibilidade de ousar partir numa viagem idêntica, com o único propósito de encontrar a Felicidade!
      Gostei particularmente da meditação sugerida pelo curandeiro balinês que consiste em "Sorrir com o rosto, sorrir com a mente, e a boa energia vem ter connosco para limpar a má energia. Sorrir até com o fígado.(...) Podes convocar a boa energia com um sorriso."

       «A busca de contentamento não é apenas um acto de preservação pessoal que beneficia quem o pratica, mas também uma generosa dádiva para o mundo»
      «Aprender a disciplinar o nosso discurso é uma forma de evitar desperdiçar as nossas energias através da boca, deixando-nos esgotados e enchendo o mundo de palavras, palavras e mais palavras, em vez de serenidade, paz e bem-estar.»
            Comer, Orar, Amar, Elizabeth Gilbert (excertos)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ser mãe... é ter visão Raio-X!


      «Ser mãe dá-nos um tipo de visão singular, um prisma através do qual conseguimos ver um filho com muitos rostos ao mesmo tempo. É por isso que podemos vê-lo a partir de um candeeiro de loiça, e lembramo-nos dele como um anjo. Ou abraçá-lo quando chora, mas imaginar o seu sorriso. Ou vê-lo dirigir-se a nós, do tamanho de um homem, e ver a pele cheia de covinhas de um bebé.»                 
                Jodi Picoult, in O Pacto 

        Não podia estar mais de acordo com esta descrição de Jodi Picoult.
        Ser mãe confere-nos um estatuto muito especial... conseguimos ver o invisível, sentir muito além do palpável... Percebemos se aquele choro é um pedido, uma birra ou uma dor... reconhecemo-lo, inclusive, no meio da multidão! Sabemos quando um filho tem febre antes mesmo de lhe tocarmos ou de medirmos com o termómetro... compreendemos naquele olhar uma preocupação, um sofrimento, um palpitar de alegria...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A Coragem de Uma Mãe

Esta é uma história verdadeira. Marie-Laure Picat não conseguiu vencer o cancro mas em contrapartida saiu vitoriosa da batalha judicial que travou no último ano de vida.
Quando ouvi falar deste livro pela primeira vez fiquei logo bastante curiosa em saber como é que os quatro filhos de Marie-Laure lidaram com a doença da mãe. Mas quando comecei a ler “A Coragem de uma Mãe” surpreendi-me bastante com esta mulher que nunca escondeu a sua doença dos filhos e tudo fez para os deixar o melhor possível, junto de uma família de acolhimento da sua confiançaEm 2008 Marie-Laure descobre que tem um cancro no fígado. Tentando todos os tratamentos possíveis acaba por constatar-se que o cancro não só não regrediu como criou metástases noutros órgãos do seu corpo, incluindo os seus ossos. Enfrentando corajosamente esta última etapa da sua vida, Marie-Laure decide pôr a par de tudo os seus filhotes de modo a prepará-los para o seu futuro.
Os médicos dão-lhe escassos meses de vida e, como o homem com quem casou e pai dos seus filhos não quer saber deles, Marie-Laure decide escolher uma família que possa cuidar dos quatro filhos e fazê-los feliz, dando-lhes uma educação exemplar. Para isso teve de ir contra as leis de França que não permitiam que fossem os pais a escolher a família dos seus filhos. Mas saiu vitoriosa.
Para esse sucesso contribuíram, em muito, os órgãos de comunicação social franceses que prontificaram-se, desde logo, a contar a história desta jovem mãe, na luta pelo bem-estar das suas crias. A comunicação social permitiu que Marie-Laure conseguisse satisfazer alguns dos sonhos dos seus filhos: ir à Eurodisney, conhecer Paris e, apesar de já bastante debilitada, esta mãe tudo fez para ver os seus filhos felizes.
Depois de contar toda a sua história aos media, Marie-Laure decide contar tudo em livro para que os seus filhos, um dia mais tarde, soubesse a história da sua vida. Desde que em criança a sua mãe fugiu de casa deixando-a ao cuidado do pai e da avó, assim como aos seus dois irmãos, o abuso que sofreu por parte do pai, a pobreza que era a sua vida. Esta é a história de uma mulher sofrida desde muito nova e que mesmo assim irradiava felicidade quando estava na companhia dos seus filhos. Uma história que se lê de um só fôlego e bastante enternecedora.