sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Às Minhas Filhas - Elizabeth Noble


Este é definitivamente um livro marcante!
Tenho dúvidas que haja uma única pessoa com a capacidade de o ler do início ao fim sem deixar escapar uma lágrima, e, em outras passagens, uma valente gargalhada.
É uma história verdadeiramente comovente de uma mãe, que por amor às suas 4 filhas, prepara a sua própria morte e tudo o que com ela está relacionado, de modo a minimizar o sofrimento daqueles que mais ama.
Bárbara Forbes, a mãe, morre com um cancro mas deixa uma carta a cada uma das filhas, com alguns conselhos, dizendo algumas palavras mais encorajadoras, palavras confortantes para que se lembrem dela nos momentos de maior sufoco. Para além disso, deixa uma espécie de diário que começou a escrever quando soube que tinha cancro, onde registou momentos importantes da sua vida: o nascimento das filhas, o primeiro casamento, o segundo casamento, a doença, entre outras coisas. Revela também um segredo que vai pôr à prova a união das irmãs e o que elas pensam da mãe, já falecida.
Retrata ainda a história de 4 irmãs, totalmente diferentes, mas bastante unidas.
Cada uma tem os seus altos e baixos, cada uma tem os seus problemas, mas todas conseguem ter sucesso! É uma história de luta, de erros, de sorrisos, de lágrimas, de saudade, de coragem, e acima de tudo, é uma história de muito amor, que nos mostra que, se nos mantivermos unidos, tudo se ultrapassa, e que devemos sempre acreditar que as coisas podem melhorar, tarefa tão difícil nos dias de hoje!
Escrito de forma bastante simples, consegue prender-nos por completo. À excepção de um ou outro termo mais complicado (que pode dever-se à própria tradução do livro original), é, no geral, um livro bastante fácil de acompanhar.
Torna-se bastante fácil entrarmos na história, devido às personagens bem estruturadas.
Por muitos livros que leia, dificilmente encontrarei outro que me prenda da mesma forma que “Às minhas filhas” me prendeu.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

No Tempo em que Éramos Adultos



Depois de termos percorrido uma etapa considerável das nossas vidas, por vezes sentimos vontade de correr o filme atrás para analisarmos se, realmente, nos transformamos nas pessoas que idealizamos, ou se, bem vistas as coisas, somos apenas o produto dos erros que fomos acumulando.
Muitos são aqueles que tentam recuperar o seu tempo de juventude, as suas vivências, correndo normalmente o risco de sofrer as maiores desilusões. O tempo não perdoa, a sua erosão muito menos e, claro, as pessoas vão mudando como reflexo imediato das respectivas vivências. Ninguém pode estar à espera  que um ser seja igual toda a vida. Por exemplo, há coisas que em tempos adoramos e que agora não conseguimos entender que encanto é que, no passado, lhes encontrámos...
Estas inquietação e algumas outras tomaram conta da protagonista de “No tempo em que éramos adultos”, que nos escreve Anne Tyler. Ao fim de três décadas de ter tomado a grande decisão que foi  crucial para a sua vida, Rebecca interroga-se se, realmente, era tudo aquilo que mais desejava para si.
Ainda na universidade, largou o namorado que conhecia desde criança por causa de uma irresistível paixão por Joe, um viúvo com três filhas, com quem, pouco tempo depois de o ter conhecido, viria a casar e a ter uma filha. Com a morte prematura de Joe num acidente de viação, Rebecca fica com a obrigação de criar quatro raparigas e ainda de viver com um tio do marido, Poppy, que caminha a passos largos para o centenário, alternando os momentos de lucidez com outros menos racionais.
Rebecca decide viver mais para os outros do que para si, fecha-se para o mundo, preocupando-se somente com a vida das pessoas que tem sob a sua responsabilidade. Mas quando chega ao estatuto de avó, com pouco mais do que 50 anos, sente que ainda tem muito para viver e tenta refugiar-se no passado. Mas  já não será possível reescrever a história da sua vida.
Anne Tyler passa-nos todos os sentimentos contraditórios que tomam conta da protagonista de uma forma cristalina. A sua prosa sem artifícios convida-nos a uma leitura incessante: parámos quando não há mais para ler...

Levaram-me



Este é o relato na primeira pessoa da história de vida de António, um rapaz português que aos nove anos foi levado da Aldeia das Dez, em Oliveira do Hospital, por um homem que se fez passar por seu tio. E assim começou para António o pior dos infernos que uma criança pode ter de suportar – viu-se afastado da família e da vida que até então conhecera e inserido numa rede de pedofilia internacional onde foi abusado sexualmente. Inspirada em casos reais ocorridos no nosso país e pelo mundo, esta obra, pretende combater a ignorância a respeito desta realidade chocante ao revelar-nos os meandros de uma rede de pedofilia internacional e das próprias mentes dos predadores sexuais, e assume-se como um apelo à liberdade destas crianças que cedo se viram obrigadas a deixar de o ser.

Um livro de Paulo Pereira Cristóvão e Susana Ferrador

Abrir a Porta

"A pessoa que não arrisca nada, não faz nada, não tem nada, não é nada, e torna-se nada. Ela pode evitar sofrimento e desilusão, mas ela simplesmente não pode aprender, sentir e mudar, crescer e amar e viver." Leo F. Buscaglia



Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto.
Cada vez que fazia prisioneiros, não os matava, levava-os a uma sala, que tinha um grupo de arqueiros num canto e uma imensa porta de ferro do outro, na qual haviam cravadas figuras de caveiras.

Nesta sala ele fazia-os ficar em círculo, e então dizia:
- Vocês podem escolher morrer com as flechas dos meus arqueiros, ou passarem por aquela porta e por mim lá serem trancados.
Todos os que por ali passaram, escolhiam serem mortos pelos arqueiros.

Ao término da guerra, um soldado que por muito tempo servira o rei, disse-lhe:
Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?
- Diga, soldado.
- O que havia por trás da assustadora porta?
- Vá e veja.

O soldado então abre-a vagarosamente, e percebe que a medida que o faz, raios de sol vão entrando e clareando o ambiente, até que totalmente aberta, nota que a porta levava a um caminho que sairia rumo a liberdade.
O soldado admirado apenas olha seu rei que diz:
Eu dava a eles a escolha, mas preferiram morrer a arriscar abrir esta porta.

Arriscar

Há momentos na VIDA em que tens que arriscar, tens que abrir a porta que tens à tua frente sem saberes o que está do outro lado.

Esses momentos são parte da VIDA de um Líder de uma Empresa chamada: EU, S.A.

E esse Líder és TU... e essa empresa é a tua VIDA.

Quantas portas deixaste de abrir já pelo medo de arriscares?

Quantas vezes perdeste a liberdade, apenas por sentires medo de abrir a porta dos teus sonhos?

Fonte: Este texto foi-me enviado por email por uma amiga.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

"Aproveitem a Vida" de António Feio



Tenho um tumor gigante no pâncreas. Alguns dos tratamentos conseguiram reduzir um pouco o seu tamanho, mas não o suficiente para poder ser operado. Sei bem o que isso significa. Neste momento, e porque não há outra forma, vivo um dia de cada vez. Deixei de fazer planos para a frente. Não sei o que me espera no futuro, mas isso agora também não importa, o que interessa é o aqui e agora. Ao longo deste quase último ano e meio percebi que o meu estado de saúde deixou de ser um tema que me diz respeito apenas a mim, à minha família, aos meus amigos e àqueles de quem sou próximo. A minha doença deixou de ser apenas um problema que é meu, de alguma forma deixou de me pertencer. E isto sucedeu aos poucos, à medida que a onda de apoio e solidariedade à minha volta foi crescendo e ganhando forma. Assim nasceu a ideia deste livro.
A mensagem principal que quero deixar às pessoas é que se há um problema é preciso resolvê-lo da melhor maneira, há que não ficar quieto, há que tentar de tudo primeiro, nunca desistir. Se as pessoas começarem a parar por um momento para olhar para casos como o meu, ou, simplesmente, para a sua própria vida com olhos de ver, talvez comecem a relativizar os seus próprios problemas e possam perceber o que de facto vale a pena na vida. Talvez assim a consigam aproveitar melhor.


Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros!!
António Feio

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"Não contes cada hora do teu dia, faz com que cada hora conte!"




Imagina que tens uma conta corrente e, a cada manhã, acordas com um saldo de 86.400€.

Só que não te é permitido transferir o saldo para o dia seguinte. Todas as noites o teu saldo é colocado a zeros, mesmo que não tenhas conseguido gastá-lo durante o dia.

O que fazes? Vais gastar cada cêntimo, é claro!

Todos nós somos clientes deste banco que estamos a falar: o banco do TEMPO!

No começo de cada dia, cada um de nós recebe um crédito de 86.400 segundos. Todas as noites o saldo é debitado, como perda. Lembra-te: todos os dias é tudo novo, de novo. Pela manhã, a tua conta começa de novo, com crédito... À noite, as sobras do dia evaporam-se... Não há volta. Precisas consumir, VIVER no presente, o seu depósito diário.

 
 O Poder do AGORA

Investe o teu tempo AGORA no AGORA.


Hoje, pela sociedade, pela rapidez da informação e por estarmos mais tempo em reacção do que em acção, ao não estarmos atentos, passamos literalmente pela VIDA.
Já houve uma altura na nossa VIDA em que faziamos mais do que actualmente e que sentiamos mais realizados e com mais tempo!
Estranho… ou talvez não!

O tempo é uma emoção. Há momentos na nossa VIDA em que segundos parecem horas e existem momentos na nossa VIDA em que horas parecem segundos. Concordas?

Devemos investir o nosso tempo em coisas que trazem “sumo” para a nossa VIDA: nos que mais amamos, no conhecimento, no crescimento mental e espiritual, na saúde, na felicidade, no sucesso, no amor, no projecto que amamos.

Estas escolhas são a nossa “driving force”…
TU escolhes. O relógio está a correr... O tempo está no seu curso normal.
E o pêndulo do relógio não "vai-e-volta"; ele "vai-e-vai". Portanto, faz o melhor pelo teu dia-a-dia.

As perguntas poderosas para pensar e agir:

- onde posso investir ainda melhor o meu tempo?

- que pequena acção posso passar a fazer durante o meu dia que me realize ainda mais?

- de que forma esta pequena acção vai mudar ainda mais a qualidade da minha VIDA?
- e a qualidade da VIDA dos que me rodeiam e que me são importantes?

Queres mais Tempo...?